- falamoitinho
A POESIA TAMBÉM DIZ NÃO AO PRECONCEITO

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O mundo não compreende que o AMOR TEM SUA ORIGEM em nosso DEUS CRIADOR, que o preconceito, é, a rejeição contra a mente soberana de Deus, que nos fez lindamente com todas as cores e formas, nos dizendo que em cada um de nós está presente Sua beleza criativa . A poeta, Magali Ribeiro, de forma intensa, abraça o coração de uma mãe em desventura, sofrendo a dor do preconceito que bate forte na cor da pele, do filho do seu ventre.
A cada estrofe, a poeta, toca minha alma... Meu coração se estende, querendo ver o amor, a alegria e a liberdade trazendo entendimento do valor que nosso próximo tem, seja ele preto, amarelo, branco ou de outra cor. O que vale na real, é a tinta vermelha do nosso coração pulsando vida e amor entre nós!
Magali nos descreve a razão e o motivo da sua inspiração nesta poesia materna e
profunda, ao mesmo tempo ela GRITA, contra todo preconceito.
Escrevi esta poesia para uma professora, escritora negra que chorou em uma palestra em 2019, dizendo que sofria pela humilhação que o filho enfrentava quando estava na frente do próprio prédio e os policiais e vigilantes o interpelavam por não acreditarem que ele, um rapaz negro morava ali. Foi um momento muito emocionante e que me sensibilizou muito.
PARA O FILHO DE ODAILTA
Magali Ribeiro
Desejo que toda pele,
seja branca, preta, vermelha ou amarela,
tenha o mesmo preço.
Aquele que ninguém, já mais, possa pagar!
Desejo que possas correr livre e soltou
como estrela brincante,
riscando o céu a brilhar.
Desejo te ver caminheiro,
andando pra todo lado,
sem ter lugar marcado,
nem aquele dia malvado
onde te queiram parar.
Desejo que a guerreira mãe,
não tenha que derramar pronto,
pela incerteza de teu futuro
por causa da tua cor.
Desejo-te homem maduro
forte, competente,
critico, consciente,
livre, e cheio de amor.
Se precisar sofrer para isto,
vou enfrentar todo o risco,
pois a causa é muito nobre.
Por maior que seja a agonia,
quando chega a alegria,
a alma fica menos pobre.
Sei que nunca foi fácil produzir destino,
deixar crescer um menino
e vê-lo se encontrar.
Vê-lo caminhar pelas ruas,
vê-lo entrar e sair,
de onde o seu coração mandar.
Sem polícia, sem batalhão,
sem gritos, assédios,
armas na mão,
sem ter que se humilhar.
Então será uma festa
dessa vida que em si orquestra,
tudo o quer existe, tudo o que há.
No dia da tua liberdade,
no dia da tua alegria,
vou distribuir poesia
vou sorrir vou cantar!