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  • Sidha Moitinho

UM OLHAR CLINICO PARA A SITUAÇÃO DA MULHER VITIMA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


Dra Claudeny Spinelli


Doutora e pós doutorada em psicanálise da educação e saúde mental, especialista em violência doméstica, palestrante e escritora. Claudeny Spinelli entre outras premiações é também, MULHER EVIDÊNCIA- (Premio concedido pela Lei Municipal 12 04/15 de Jaboatão dos Guararapes PE), idealizado e coordenado pela jornalista Claudia Montes.


Dra Spinelli começa nos dizendo que todos os relatos feitos pelas vítimas são importantes e marcantes e que nenhuma história é igual à outra.

O que chamava muito a minha atenção no tempo que trabalhei na delegacia especializada em vítimas de violência doméstica, eram as reclamações dos policiais que ao chegarem ao local da denúncia, ouviam a própria mulher pedir para não prosseguirem com a queixa contra o seu agressor.

Enfatiza ainda psicanalista: “Vale salientar, que existem casos que não depende da vontade da vítima para o andamento do procedimento, por exemplo, a lesão corporal que é uma ação pública e incondicionada. Existem muitos motivos para algumas mulheres não quererem registrar queixa contra o autor da violência, que devem ser compreendidos, como os fatores econômicos e psíquicos que levam a mulher a continuar em um relacionamento abusivo.

Prossegue a Dra Spinelli: Em se falando de violência contra a mulher, um tema que aos olhos de muitos pode parecer sem importância, coisa que não é... As estáticas mostram a enorme quantidade de mulheres sequeladas e mortas em suas próprias casas.

Infelizmente é comum que muitos profissionais da Justiça e Segurança Pública desconheçam os problemas de fórum íntimo dessas mulheres, que as levam a dependência de quem as machuca, pondo suas vidas em perigo, banalizando futuros acontecimentos. É importante capacitar esses profissionais.

Segundo a Dra Claudeny Spinelli ainda que a mulher volte para o autor da violência, isso não pode significar que a ação do Estado deva acabar.

Essas mulheres ainda não estão prontas para ouvirem que são vítimas de violência doméstica, elas pensam na figura de vítima de uma maneira muito estereotipada. Muitas ainda configuram a violência sofrida apenas, quando é agressão física. A violência psicológica é o ponto mais assustador, porque além de ser o primeiro ataque, normalmente será precedido por outros e outros... podendo chegar ao feminicídio.

COMO ESSAS MULHERES PODERIAM SER AJUDADAS?

Responde a psicanalista: È preciso um trabalho especifico para que a vítima da violência tenha um despertar de consciência e perceba seu “relacionamento abusivo." Tendo ajuda psicológica a mulher vitima da violência doméstica poderá enxergar seu padrão de pensamento e comportamento, um ponto de partida para sua mudança.

A violência doméstica não atinge só a mulher, abrange o seio familiar... Toda a família se torna refém desse sofrimento e abusos psicológicos, sentindo-se impotentes por não verem surtir efeitos judiciais satisfatórios na resolução desses conflitos.

Sobre o livro da nossa entrevistada: Mentiras Que Matam Verdades Que Curam: Uma Diferença Entre Viver Ou Morrer. Edições Bagaço 2009/ 2012. Relata a também, escritora, Dra Spinelli: Escrevi para compartilhar meu desejo de contribuir com algo para um público tão carente de informações e tão sedento de conhecimento a respeito deste tema que são as mulheres e os adolescentes vítimas da violência doméstica. Eles são os que mais precisam de ajuda e esclarecimentos.

O livro é recheado de temas que muito nos interessam como: a história da violência contra a mulher no Brasil, questões sociais e morais, prevenção, aspectos psicológicos, normas penais, direito civis, crimes mais comuns dentro de uma relação violenta, perfis psicológicos de vítimas e autores da violência, as muitas caras da violência e o que ainda a sociedade precisa saber sobre a Lei Maria da Penha.


Ao centro, Maria da Penha, a sua esquerda a professora Regina Célia professora e Cofundadora do Instituto Maria da Penha, a jornalista Claudia Montes idealizadora das Lei estadual e Premio Mulher Evidencia ladeada da nossa convidada especial Claudeny Spinelli Doutora em psicanálise e escritora.




CONCLUI A DRA CLAUDENY SPINELLI


O “Evidenciar feminino” não é uma guerra entre homens e mulheres e nem é uma busca por fama e dinheiro. O objetivo é fazer com que homens e mulheres possam caminhar lado a lado com respeito, direitos e oportunidades iguais para todos. Nós mulheres já possuímos um poder interno, único e grandioso. Só precisamos nos dar conta disso, valorizarmos essa essência e usarmos a força que temos do jeito certo para alcançarmos os objetivos que tanto desejamos. A ideia é identificar práticas que estimulem a igualdade de gênero e fazer com que ações de igualdade sejam incorporadas não só nas atividades do lar, mas no mercado de trabalho e na própria sociedade contribuindo para o crescimento econômico, social e político.

Contatos: 081-986017653 - email – clauspinelli@hotmail

Ao fim desta maravilhosa entrevista convidamos você para assistir ao curta VENTANIA que conta a história de uma jovem mulher vitima do abuso emocional e abandono e seu final surpreendente!



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